terça-feira, 6 de março de 2012

O Cerne da Melhoria


Com base no conjunto de estudos e experiências (Ontário, Reino Unido), Lewin e Fullan (2008), concluem que:
“Não é apenas com base em estruturas de administração e responsabilização que se atingem melhorias em grande escala nos resultados dos alunos, é também necessário um esforço sustentado para mudar práticas da escola e práticas nas aulas. O cerne da melhoria reside na mudança do ensino e das práticas de aprendizagem em milhares de salas de aula, e isto requer um esforço sustentado e centrado em todos elementos do sistema educativo e seus parceiros” (p. 291).
As mudanças sustentadas nas salas de aula de todo o sistema de ensino, requerem múltiplos fatores e dimensões que, partindo de uma vontade política de melhoria, é necessário ter em conta: a capacitação das escolas e professores, o uso eficaz de recursos, a responsabilidade pelos resultados, uma liderança forte do sistema, a motivação e compromisso, etc. A capacitação e autonomia das escolas, como estratégia de baixo para cima, deve agora ser combinada com uma prestação de contas autêntica ou inteligente (Hopkins, 2007), que contribua para pressionar e incentivar a melhoria. Num equilíbrio, sempre instável e diferenciado, segundo o desenvolvimento de cada escola, há que combinar adequadamente os impulsos externos de apoio, com a capacitação interna. Se pretendemos, igualmente, que as escolas alcancem, paralelamente, determinados padrões (quid pro quo, como referiu Elmore, 2002), temos de capacitá-las.
Bolívar (2012)

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