sexta-feira, 17 de abril de 2009

JUVENTUDE - denominadores comuns


Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:


1. "A nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, despreza a autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Os nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem aos pais e são simplesmente maus."

2. "Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque esta juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível."

3. "O nosso mundo atingiu o seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais os pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."

4. "Esta juventude está estragada até ao fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Eles nunca serão como a juventude de antigamente... A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."

Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases.

Então, revelou a origem delas:

- a primeira é de Sócrates (470-399 a.C.)

- a segunda é de Hesíodo (720 a.C.)

- a terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C.

- a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilónia e tem mais de 4000 anos de existência.


Fantástico!! Não mudou nada!!

Educação - dupla perspectiva


Ensinar é um acto de amor. Se as gerações mais velhas não transmitissem o seu conhecimento às gerações mais novas nós ainda estaríamos na condição dos homens pré-históricos. Ensinar é o processo pelo qual as gerações mais velhas transmitem às gerações mais novas, como herança, a caixa onde guardam os seus mapas e ferramentas. Assim as crianças não precisam começar da estaca zero. Ensinam-se os saberes para poupar àqueles que não sabem o tempo e o cansaço do pensamento: saber para não pensar. Não preciso pensar para riscar um fósforo. Os grandes sabem. As crianças não sabem. Os grandes ensinam. As crianças aprendem. Esse é o sentido etimológico da palavra “pedagogo”: aquele que conduz as crianças.
Educar é transmitir conhecimentos. O seu objectivo é fazer com que as crianças deixem de ser crianças. Ser criança é ignorar, nada saber, estar perdido. Toda criança está perdida no mundo. A educação existe para que chegue um momento em que ela não esteja mais perdida.
A pedagogia de Paulo Freire amaldiçoava aquilo que se denomina ensino “bancário” — os adultos vão “depositando” saberes na cabeça das crianças da mesma forma como depositamos dinheiro num banco. Mas parece-me que é assim mesmo que acontece com os saberes fundamentais: os adultos simplesmente dizem como as coisas são, como as coisas são feitas. Sem razões e explicações. É assim que os adultos ensinam as crianças a andar, a falar, a dar laço no cordão do sapato, a tomar banho, a descascar laranja, a nadar, a assobiar, a andar de bicicleta, a riscar o fósforo. Tentar criar “consciência crítica” para essas coisas é tolice. O adulto mostra como se faz. A criança faz da maneira como o adulto faz. Imita. Repete. Mesmo as pedagogias mais generosas, mais cheias de amor e ternura pelas crianças, trabalham sobre esses pressupostos. Se as crianças precisam ser conduzidas é porque elas não sabem o caminho. Quando tiverem aprendido os caminhos andarão por conta própria. Serão adultos. Todo mundo sabe que as coisas são assim: as crianças nada sabem, quem sabe são os adultos. Segue-se, então, logicamente, que as crianças são os alunos e os adultos são os professores. Diferença entre quem sabe e quem não sabe. Dizer o contrário é puro “non-sense”. Porque o contrário seria dizer que as crianças devem ensinar os adultos. Mas, nesse caso, as crianças teriam um saber que os adultos não têm. Se já tiveram, perderam…
Mas quem levaria sério tal hipótese? Um profeta do Antigo Testamento — certamente sem entender o que escrevia; os profetas nunca sabem o que estão dizendo — resumiu essa pedagogia invertida numa frase curta e maravilhosa: “… e uma criança pequena os guiará”.
Se colocarmos esta ideia ao pé da fotografia tudo fica ao contrário: é a criança que vai mostrando o caminho. O adulto vai sendo conduzido: olhos arregalados, bem abertos, vendo coisas que nunca viu. São as crianças que vêem as coisas — porque elas as vêem sempre pela primeira vez com espanto, com assombro de que elas sejam do jeito como são. Os adultos, de tanto vê-las, já não as vêem mais. As coisas — as mais maravilhosas — ficam banais. Ser adulto é ser cego. Os filósofos, cientistas e educadores acreditam que as coisas vão ficando cada vez mais claras à medida que as luzes do conhecimento aumentam. Os sábios sabem o oposto: existe uma progressiva cegueira das coisas à medida que o seu conhecimento cresce. “Vale mais a pena¬ ver uma coisa sempre pela primeira vez que conhecê-la. Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez…” As crianças fazem-nos ver “a eterna novidade do mundo…”

Janucz Korczak, um dos grande educadores do século passado — foi voluntariamente com as crianças da sua escola para a câmara de gás de um campo de concentração¬ nazista — deu, a um dos seus livros, o título: Quando eu voltar a ser criança. Ele sabia as coisas. Era sábio. Lição da psicanálise: os cientistas e filósofos vêem o lado direito. Os sábios vêem o avesso. O avesso é esse: os adultos são os alunos; as crianças são as mestras. Por isso os magos, sábios da história natalícia deram por encerrada a sua jornada ao encontrarem um menino num curral… Os adultos, para se salvar, deveriam rezar diariamente a reza mais sábia de todas, escrita pela Adélia:
“Meu Deus, dá-me cinco anos, dá-me a mão, cura-me de ser grande…”
Rubem Alves

terça-feira, 14 de abril de 2009

SÍMBOLOS DA PÁSCOA


Hoje, o tema é, primeiramente, doce e quente... depois castanho-escuro, com um cheirinho maravilhoso, além é claro, de uma grande tradição. Já descobriram o que é? Bem, vamos dar mais uma dica! É uma festa muito, muito famosa que existe em quase todos os países do mundo. Ainda não descobriste? Tem a ver com primavera, coelho, ovos de chocolate e Jesus Cristo! Isso mesmo é a Páscoa!!!!! Tu gostas da Páscoa?
Vamos aprender sobre essa festa tão importante e descobrir que a Páscoa não é só para comer os fantásticos ovos de Páscoa.
A História começa com... Sabes qual a semelhança entre o coelho e Jesus Cristo? Bem, os dois são símbolos da Páscoa. Bem, isso pode parecer estranho mas é verdade. Na Bíblia, não existe nada a respeito do coelho, nem de ovos de chocolate e sim a história de Jesus e a festa que comemora a sua ressurreição, a Páscoa.
Então, tu perguntas porque o ovo de chocolate é o símbolo da Páscoa. Ora, essa tradição do coelho e dos ovos é muito antiga e tem a ver com a Primavera. Para os antigos habitantes da Europa, festejar a Primavera sempre representou a passagem de um tempo escuro e triste para um mundo iluminado, de vida nova na Natureza. Era uma espécie de renascer.
A Páscoa é uma festa com muitas tradições que se misturaram com o passar dos séculos, na Europa. Tem a ver com religiões bem antigas e com o Cristianismo.
Depois de falarmos sobre a Páscoa como uma festa da Primavera, vamos agora para o Oriente. Enquanto, os antigos europeus cantavam e dançavam dando boas-vindas à primavera, os judeus comemoram há cerca de 3 mil anos a Páscoa Judaica. Essa festa celebra a fuga dos judeus do Egipto, onde eram escravos para as terras onde hoje é Israel. Então, é uma festa de libertação, onde entre outras coisas se come o Cordeiro Pascal, pão sem fermento (o "matzá"), ervas amargas e vinho
A Páscoa que comemoramos cá em Portugal é a Páscoa Cristã. É o dia mais importante da Semana Santa, pois é quando Jesus ressuscita e vai para o céu. A data da Páscoa foi fixada pela Igreja Católica no ano 325, de modo a ser no domingo mais próximo da primeira Lua Cheia do mês lunar que começa na primavera. Isso é um bocadinho complicado mas não te preocupes, pois vamos explicar.
O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre depois de 21 Março (início da primavera), pois a Lua Cheia não é a Lua Cheia verdadeira que conhecemos. Ela é uma lua a fingir, chamada “lua eclesiástica”, feita a partir de muitos cálculos pela Igreja. A sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de Março e no máximo em 24 de Abril, transformando a Páscoa numa festa móvel.
Símbolos da Páscoa.
Os símbolos da Páscoa são o coelho e os ovos. A tradição do coelho é dos emigrantes alemães que foram para a América e acreditavam que o coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã do Domingo de Páscoa.
A tradição não veio para Portugal, mas a imagem do coelho, sim. O outro símbolo é o ovo que representa o nascimento e a renovação. De uma forma simples, podemos dizer que é o símbolo da vida. Os símbolos cristãos da Páscoa são o cordeiro que simboliza Jesus Cristo, a cruz que representa a morte e ressurreição e a vela que simboliza a luz.
A Páscoa em Portugal
A Páscoa em Portugal está ligada a ressurreição de Cristo e a celebração da vida. Além dessas celebrações e significados, a Páscoa é uma festa dos padrinhos e madrinhas, que costumam dar aos afilhados dois “petins” (pão de trigo), conforme a idade deles ou o folar que é um bolo de massa seca, doce e ligada, condimentado com canela, erva-doce e, conforme o seu tamanho, por um ou vários ovos cozidos inteiros.
E no mundo...
Pois é, com uma origem tão misturada, a comemoração da Páscoa não é igual em todas as zonas. Por isso, cada cultura comemora a Páscoa de sua maneira bem especial...
Como já falamos no programa sobre Macau, O “Ching-Ming”, ou Suprema Luz é uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa, onde são visitados os túmulos dos antepassados e feitas oferendas, em forma de refeições e doces.
Nos países do leste da Europa, a tradição mais forte é a decoração de ovos que se oferecem a amigos e parentes. A tradição diz que, se as crianças forem bem comportadas na noite anterior ao Domingo de Páscoa e deixarem um boné num lugar escondido, o coelho deixará doces e ovos coloridos.
Na França e na Bélgica, os sinos das igrejas ficam bem quietos da sexta-feira até o Domingo. E os pais dizem para seus filhos que os sinos não tocam, pois voaram até Roma!
Os italianos comemoram esse feriado com grandes desfiles nas ruas, alguns deles com tradição de centenas de anos. E, depois de assistir aos desfiles, vão pra casa e comem um belo “agnellino”, que é um tipo de cordeiro assado.
A Páscoa da Suécia faz lembrar o dia das bruxas. Na véspera da Páscoa, as crianças suecas vestem-se de bruxos, visitam seus vizinhos e deixam um cartão decorado para conseguirem doces ou dinheiro! Os cartões são deixados nas caixas de correios ou debaixo das portas, sem que ninguém veja quem os colocou!
Na Guiné Bissau e Moçambique, a Páscoa é a Festa da Vida, onde as famílias almoçam juntas, há música e dança e depois vão nas casas fazerem visitas e fazem mais e mais festas, pois Cristo ressuscitou.

sábado, 11 de abril de 2009

O PODER DA VÍRGULA




Uma vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode fazer desaparecer o seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, Senhor juiz, é corrupto.
Esse senhor juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

Um exemplo:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

EBC (Educação Baseada na Consciência) - Escolas sem Stress


Escolas sem Stress

Nos Estados Unidos, dez milhões de crianças estão medicadas com anti depressivos. Acredita-se que um número maior de crianças noutros países está sob medicação similar. Aqui residem dois factos terríveis: primeiro, que tantos jovens sejam diagnosticados como clinicamente deprimidos; e segundo, que são forçados a tomar medicamentos potentes, a maioria portadores de efeitos colaterais perigosos conhecidos. (De facto, o anti depressivo mais amplamente prescrito, Prozac, acabou de ser proibido pela FDA, na utilização em crianças, porque foi demonstrado que leva ao suicídio.)
Escola sem Stress assenta sobre a força de 29 anos de sucesso na introdução da Meditação Transcendental e da Educação Baseada na Consciência aos estudantes das escolas públicas e privadas em todo o mundo, para desenraizar a causa do stress e expressar o pleno potencial de cada estudante.
Educadores estão a adoptar cada vez mais o programa por causa dos seus resultados tangíveis para os estudantes, tal como o exemplo de Carmen N’Namdi, Directora da Nataki Talibah Schoolhouse, em Detroit, Estados Unidos.
Carmen N’Namdi

A Sr.ª N’Namdi é co-fundadora e directora da Nataki Talibah Schoolhouse de Detroit; é presidente do Comité da National Charter School Institute, EUA; e membro do Comité da Michigan Association of Public School Academies. A Nataki é uma escola do ensino básico vencedora de prémios, onde 120 professores e alunos praticam Meditação Transcendental em grupo, duas vezes por dia.
Um estudo sobre crianças meditantes nesta escola do ensino básico em plena baixa de Detroit—e a experiência dos seus professores e pais—confirma o que a investigação previamente publicada demonstrou: O programa da Meditação Transcendental aumenta a felicidade interior, a auto estima, a valorização pessoal e reduz ansiedade e depressão. Os resultados da investigação e a experiência das aulas sugerem que este mesmo programa, oferecido aos estudantes numa escala mais ampla, poderia bem proporcionar o antídoto não-químico para a depressão infantil—ou melhor ainda—prevenir a depressão à partida.
Veja a reportagem da NBC Television sobre a experiência da Meditação Transcendental na Escola Nataki. [5 minutos].
Comentários de DaimlerChrysler, um dos patrocinadores do programa: ‘A DaimlerChrysler está sempre interessada em apoiar programas que melhorem a aprendizagem e aliviem o stress nas crianças. A Meditação Transcendental demonstrou ser uma técnica de elevada eficiência para atingir estes objectivos—e é por isso que estamos satisfeitos ao apoiar a sua utilização em Detroit.’—Nellie LaGarde, Gestora de Programas Educacionais, Relações Cívicas e Comunitárias, DaimlerChrysler.
—Nellie LaGarde, Gestora de Programas Educacionais, Relações Cívicas e Comunitárias, DaimlerChrysler.
Eis aqui em resumo, a “História da Nataki’:
‘A Meditação Transcendental é a coisa mais óbvia e lógica no mundo: proporciona aos estudantes um método fácil e prático para os ajudar a clarificar as suas mentes, dissolver o stress e sentir mais autoconfiança’
—Jane Pitt, directora de programa de MT, Escola Nataki.
A Casa Escola Nataki Talibah de Detroit fica situada num velho edifício em tijolo de três andares, a noroeste de Detroit, à saída de Seven Mile—um prolongamento contrastante da avenida, na sua maior parte com fachadas de lojas, igrejas e lojas de bebidas alcoólicas. Há barras de aço nas janelas e portas das casas à volta da Escola—decorativas mas sobretudo protectoras.
Mas, embora a sua localização possa não ser a melhor, a escola Nataki (K-8), fundada 30 anos atrás pela educadora Carmen N’Namdi e pelo seu marido George, psicólogo, é francamente notável. Nataki ganhou uma reputação bem merecida pela sua excelência em toda a cidade e a escola atrai estudantes – todos eles afro americanos—de toda a metrópole de Detroit. De facto, muitos dos líderes cívicos e governamentais da cidade, frequentaram a Nataki em crianças.
Desde 1997, a Sr.ª N’Namdi decidiu introduzir o programa de MT junto dos estudantes e corpo docente por uma razão: quis oferecer a todos da sua escola um simples instrumento para diminuir o stress e despoletar o sucesso. Ela continua a oferecer o programa na Nataki a cada ano por uma razão: funciona.
Durante estes oito anos, Jane Pitt orientou o programa de Meditação Transcendental na escola, onde tantas como 125 crianças (e 30 professores) praticaram a técnica em conjunto, duas vezes por dia, no ginásio da escola. Ela descreve a cena que se representa por si mesma a cada dia como parte da rotina normal da escola:
‘Uma horda de estudantes activos e enérgicos, do 2º e 3º ciclos, entram em balbúrdia no ginásio, tiram cada qual a sua cadeira ‘de encosto’ do palco e sentam-se em filas com os seus companheiros. As conversas com os amigos terminam, põem-se confortáveis—as luzes da sala são diminuídas.

Começam a sua prática da técnica de Meditação Transcendental e literalmente, em poucos segundos, a sala torna-se profundamente silenciosa. Depois, após dez minutos, descansados e refrescados, levantam-se, arrumam as cadeiras de encosto e principiam o seu dia de escola. Por agora, todo o processo é pura rotina.‘
—Jane Pitt, directora de programa de MT, Escola Nataki
Os benefícios da prática duas vezes por dia foram imediatos. ’Os estudantes afirmaram que estavam mais concentrados nas aulas e os professores reportaram maior energia ao longo do dia. Ambos os grupos notaram que tinham mais paciência em lidar uns com os outros. Os pais notaram as mudanças nos seus filhos de tal forma que quiseram aprender a técnica da MT eles próprios—e quiseram que os seus outros filhos aprendessem também’, acentua a Sr.ª Pitt.

Para mais informações Consultar Blogue oficial da MT em Portugal:pazmundialmaharishi.blogspot.com