terça-feira, 6 de março de 2012

EFICÁCIA E MELHORIA


Em última análise, a eficácia que conta (ou seja, que conta para o reforço de posterior melhoria), “resulta de um processo de construção, feito pelos atores envolvidos, de uma representação dos objetivos e dos efeitos da sua ação comum. A eficácia não se define a partir do exterior: são os membros de uma escola quem, através de etapas sucessivas, definem e afinam o seu contrato, as suas finalidades, as suas exigências, os seus critérios de eficácia e, por fim, organizam o seu controlo contínuo do progresso, negociando e colocando em prática as regulamentações necessárias” (Gather Thuler, 1994).

Os dados externos, enviados para as escola que não têm institucionalizados processos prévios de autoavaliação, de pouco servem. Sem os dispositivos internos para a sua autorevisão, não podemos aproveitar, num diálogo construtivo, qualquer relatório de avaliação externa. Quando um plano de avaliação externo não se preocupa em criar previamente processos internos de revisão, os dados das avaliações enviados para as escolas, permanecem frequentemente – em muitos casos – num nível anedótico. Neste sentido, como esclarece Elmore (2002): “a prestação de contas interna precede à prestação de contas externa e é uma pré-requisito para qualquer processo de melhoria” (p. 20).

Antonio Bolívar

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