terça-feira, 6 de março de 2012

LÓGICA DA COLABORAÇÃO


Mas, a forma como as escola estão organizadas, explica Elmore (2002), não estão preparadas para responder às pressões de prestação por padrões e prestação de contas, daí que – se não se atuar com outras medidas – pode colocar em perigo o futuro da educação pública. Na verdade, para responder às respetivas pressões, as escolas devem estar comprometidas com processos sistemáticos de melhoria contínua da prática educativa, para colocar o foco nas aprendizagens dos alunos. Ao entender que a unidade de avaliação é a escola, assume-se que todos os indivíduos atuam de modo conjunto e que a publicação da prestação de contas motivará, de igual forma, todo o coletivo. Mas as escolas são, atualmente, agrupamentos de indivíduos.

De acordo com o que Pedro Ravela (2006) disse, é necessário passar de uma “lógica de confronto” hierarquizada e normalizada, atribuindo exclusivamente aos docentes a qualidade das aprendizagens alcançadas pelos seus alunos, a uma ”lógica de colaboração”, mais horizontal, em que a responsabilidade pelas aprendizagens é assumida de modo colegial pelos diferentes atores e instâncias do sistema, procurando consensos – a partir das evidências mostradas nos resultados – com o objetivo de adotar as estratégias de melhoria correspondentes. A avaliação dos professores deve ser inscrita numa estratégia de reconfiguração do serviço público da educação, a fim de melhorar esse serviço.

Bolívar (2012)

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