quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Tópicos de Correcção Psico B (30/10/07)

Tópicos de Correcção do Teste do Tema 1 de Psicologia B – 12 R

I.
1. a)
2. b)
3. a)
4. a)
5. b)
6. a)

II
1. – ser humano continuamente em desenvolvimento, exercendo a sua capacidade criadora e de adaptação e aquisição de novas estratégias;
- continuação do desenvolvimento do cérebro em relação íntima e complementar com estímulos do meio;
- plasticidade cerebral e comportamental e novas aprendizagens.

2. – papel do sistema nervoso → transmissão de mensagens de um grupo de neurónios para outro;
- neurónios → células especializadas em receber e transmitir sinais às células vizinhas → impulso ou influxo nervoso;
Sinapse → estabelece-se uma comunicação entre o prolongamento do axónio do neurónio → pré-sináptico → pós-sináptico e afenda sináptica;
- energia eléctrica e química.

3. –cultura; padrões de cultura; aculturação e socialização;
- integração do indivíduo no grupo + reprodução do grupo e as suas formas de organização;
- previsibilidade e normalização dos comportamentos e capacitação para a vida do grupo;
- estabilidade para ávida do grupo.

4. Diversidades biológica, cultural e individual. Consultar “tópicos” do Projecto 9 no blog.

III
1. – indivíduo e autodeterminação → emerge da participação de seres biológicos em práticas socioculturais;
- experenciamos o mundo enquanto corpo biológico e social buscando “compreensibilidade” e significado para os nossos pensamentos, emoções e acções;
- papel dos nossos esquemas organizadores na construção, compreensão e significação do mundo, da realidade envolvente;
- esquemas organizadores de natureza genética com os seus mecanismos de transmissão hereditária (ADN, genes, cromossomas…); de natureza cerebral (encéfalo, espinal medula, áreas corticais…) e de natureza sociocultural (processos de socialização, reprodução e integração cultural…);
- construção de um mundo intersubjectivo em auto-organização e criação permanentes.

Teste Sumativo Psicologia B 12 R - Tema 1

Teste Sumativo do Tema 1 do 1.º Módulo – 30/10/07

Grupo I


1. Pequenos segmentos de ADN que transportam informação hereditária têm o nome de:
a. Cromossomas;
b. genótipo;
c. gene;
d. Clonagem.

2. O fenótipo é o conjunto das determinações genéticas herdadas. Esta afirmação é:
a. Verdadeira: o fenótipo é o conjunto da carga hereditária transmitida pelos progenitores;
b. Falsa: o fenótipo é o conjunto de características observáveis num indivíduo e resulta da interacção do genótipo e do meio;
c. Verdadeira: o fenótipo corresponde à informação genética específica de cada espécie;
d. Falsa: o fenótipo resulta da alteração das informações genéticas que ocorrem por mutação.

3. Identifica nas afirmações que se seguem as que se referem à ontogénese e as que se relacionam com a filogénese:
1. Conjunto de processos biológicos de evolução dos seres vivos;
2. História evolutiva de uma espécie;
3. Desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação ao estado adulto;
4. História evolutiva de um indivíduo.
a. 1 e 2, filogénese; 3 e 4, ontogénese;
b. 1 e 3, ontogénese; 2 e 4, filogénese;
c. 1 e 4, ontogénese; 3 e 4, filogénese;
d. 1 e 2, ontogénese; 3 e 4, filogénese.

4. A sinapse, que tem por função a troca de informações entre os neurónios, põe em comunicação três componentes fundamentais:
a. O botão pré-sináptico; a membrana pós-sináptica; a fenda sináptica;
b. A membrana pós-sináptica; a dendrite; o neurónio emissor;
c. O neurónio pré-sináptico; a fenda sináptica; o neurónio pós-sináptico;
d. A fenda sináptica; as membranas dos neurónios; o botão pré-sináptico.

5. O significado de uma determinada experiência designa:
a. Aquilo que a ela se encontra associada quando se encontra a expressão numa enciclopédia ou num dicionário;
b. O elemento síntese da relação de uma pessoa com o mundo que lhe permite relacionar-se com as suas experiências;
c. O conjunto de circunstâncias que explicam a razão que conduz a uma opção deliberada de vida;
d. O modo como as outras pessoas interpretam as vivências que cada um experimenta.

6. A história pessoal é:
a. A história onde se integra o que cada um percebe e constrói a cada momento na sua relação com o mundo e consigo mesmo;
b. Aquilo que cada pessoa escreve no seu diário, em que regista os factos mais determinantes da sua vida afectiva;
c. O conjunto das datas e personalidades mais importantes na vida de um indivíduo, desde que nasce até que morre;
d. O que cada um conta sobre si próprio nas relações afectivas que estabelece com as pessoas que estão mais próximas.


Grupo II


1. Quais são as vantagens da imaturidade biológica do ser humano?
2. Como se processa a comunicação no sistema nervoso?
3. Quais são os factores do meio que conferem ao indivíduo características humanas? Justifica a tua resposta.
4. Quais são as modalidades da variabilidade humana? Descreve cada uma delas sumariamente.

Grupo III


“O nosso encontro com a realidade produz um fluxo de experiência compreensível e com significado. Aquilo que experienciamos é consequência da acção dos nossos esquemas organizadores nos componentes do nosso envolvimento com o mundo.”
Polkinhorne, in Ser Humano, Porto Editora, 2006, p. 86

1. Comenta o texto, mobilizando os conhecimentos que adquiriste sobre genética, cérebro e cultura.




Cotação:
I. 5 pontos x 6 = 30 pontos
II. 30 pontos x 4 = 120 pontos
III. 50 pontos x 1 = 50 pontos
Total_______________ 200 pontos

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O papel da Ontogénese (Stephen Jay Gould)

Stephen Jay Gould (1942-2002) foi biólogo e seguidor de Darwin. Procurou desenvolver e fundamentar a teoria evolucionista. Um dos seus maiores méritos terá sido o de ter tornado acessível ao grande público a teoria evolucionista.
Em 1977, Gould publicou o seu livro Ontogeny and Phylogeny. Fez aí uma análise histórico-crítica da Lei da Recapitulação de Haeckel e sugeriu uma nova perspectiva sobre o processo da evolução.
De acordo com Stephen Jay Gould, a ontogénese é central na compreensão do desenvolvimento humano. Neste sentido, o autor opõe-se a uma visão reducionista que esquece a importância do estudo do organismo individual.
Muitos foram os contributos de Gould para o estudo do desenvolvimento humano. De referir, com especial destaque, o conceito de neotenia e o papel do inacabamento do ser humano. A partir destes conceitos, a perspectiva de Gould defende que a ontogénese determina, em larga escala, a filogénese, e não o inverso, como se depreende da perspectiva de Haeckel e respectiva Lei da Recapitulação.

Este tópico faz parte dos conteúdos a trabalhar para o próximo teste de avaliação sumativa.
Deixo aqui ficar algumas hipóteses de questões relativas ao tema, as quais poderão servir de base de trabalho para todos os alunos envolvidos na disciplina de Psicologia B do 12ºano. Pretendem ser um instrumento auxiliar de preparação, em particular para as turmas com as quais os professores e autores deste blog desenvolvem as suas actividades lectivas.

Questões:

1 - Defina filogénese e ontogénese.

2 - A perspectiva de Haeckel, acerca do desenvolvimento, está condensada na sua Lei da Recapitulação.
Em que consiste esta perspectiva?

3 - O ponto de vista de Stephen Jay Gloud, sobre o desenvolvimento, privilegia o papel da ontogénese. Neste sentido, opõe-se à perspectiva de Haeckel.
Esclareça as consequências desta oposição.

4 - Relacione neotenia e inacabamento do ser humano.

Bom trabalho para todos!


sábado, 20 de outubro de 2007

Tópicos de resposta projectos 7, 8, 9 - Psico - B

Escola Secundária de Miraflores
Trabalho de Projecto Curricular
Projectos de Aula –(Tópicos de resposta - Esboço) – Outubro 2007
Psicologia- B -12R – 1.º módulo

A cultura
Quais são as características sociais da espécie humana?
De que forma essas características outorgam, ao ser humano, determinadas capacidades?
Que capacidades são essas?

Projecto 7 (Objectivo7)
1. Quais são os factores do meio que conferem ao indivíduo características humanas?
a. Como se caracterizam?
b. Como se relacionam entre si?

1.Cultura; padrões de cultura; aculturação; socialização
a. – Cultura → capital colectivo dos instrumentos adquiridos de geração em geração, através do processo de socialização;
- soma total de conteúdos, modos de pensamento e de comportamentos transmitidos no processo de socialização;
- uma totalidade onde se conjugam diversos elementos materiais e simbólicos, designadamente crenças (religiões, ideologias políticas, ideias humanitárias – filosofias: humanismo, racionalismo, existencialismo…), teorias (conhecimentos científicos e alternativos), construções (e objectos), valores, leis, normas e costumes…
- Padrões culturais →conjunto de comportamentos, práticas, crenças comuns aos membros de uma determinada cultura; servem de quadros de referência e marcam presença enquanto interpretações acessíveis às pessoas.
- Aculturação → conjunto de fenómenos resultantes do contacto continuo entre grupos de indivíduos pertencente a diferentes culturas;
Mudanças nos padrões culturais de ambos os grupos que decorrem (novos hábitos, novas formas de fazer e compreender o mundo);
Socialização → processo através do qual um de nós aprende e interioriza os padrões de comportamento, as normas, as práticas e os valores da comunidade em que se insere;
→ interiorização de modelos de comportamento) (integração de cada pessoa + reprodução do grupo e das suas formas de organização);
→ socialização e previsibilidade do comportamento individual, capacitação para a vida social.
b. – processo interactivo (interacção) mútuo;
- produção de cultura e do ser humano;
- normalização e previsibilidade de comportamentos;
- integração de cada pessoa e reprodução do grupo e das suas formas de organização;
- estabilidade dos integrantes dos grupos.

Projecto 8 (Objectivo 8)
1. Como se organiza a nossa história pessoal?
2. Como se relacionam os factores internos e externos ao ser humano?
3. A adaptação pressupõe sempre resultados positivos?
4. Como se diferenciam adaptação e autonomia?

1. – a história pessoal como um contínuo de organização entre factores internos e externos;
- relação íntima, simultânea e contínua entre natureza, sociedade e cultura;
- indivíduo → síntese singular, consistente, irrepetível de tudo o que cada um interioriza;
- o ser humano organiza-se em ambiente de suporte e de protecção diferenciados (socioculturais) construindo representações e conferindo sentido às suas experiências;
- relação entre o que é objectivamente percebido e o que é subjectivamente construído.

2. – influência mútua e de aspectos biológicos e socioculturais;
- negação de qualquer determinismo biológico ou sociocultural;- relação dialéctica entre (alguma) determinação fisiológica/genética e autonomia do sujeito na construção do mundo e sues significados;
- relação de autonomia e autodeterminação, ou seja, em cada indivíduo há uma influência das práticas e dos significados socioculturais interagindo com a singularidade do seu corpo, do seu ponto de vista e da sua experiência do mundo (significado);
- no significado realiza-se a singularidade de cada pessoa e a sua situação no contexto físico, biológico ou corporal, sociocultural e histórico;
- socialização e individuação (função integradora promovendo a nossa identidade pessoal coerente e dinâmica.

3. Adaptação → respostas dos organismos ao seu contexto, isto é, acção sobre os estímulos, interpretando-os e transformando-os de acordo com as suas necessidades;
- mas adaptação não é para o ser humano um acto passivo ou meramente reactivo:

4. Adapatação → capacidade de interacção entre o ser vivo e o meio;
- autonomia → auto-organização e criação de significado; capacidade para dar sentido;
- compreensibilidade da experiência;
- capacidade dos seres humanos de participarem nos processos de transformação e de determinação de si e dos seus ambientes socioculturais.

Projecto 9 (Objectivo 9)
1. Quais são as modalidades da variabilidade humana?
2. Como se explica essa variabilidade?
3. Quais as vantagens da diversidade humana?

1. – diversidade biológica com características genéticas, cerebrais (funcionais) anatómicas e fisiológicas:
- cor da pele → produção de melanina para proteger dos raios ultravioletas (estratificação geográfica; escuros → + raios UV);
- traços fisionómicos (desenho dos olhos; configuração do rosto, nariz; espessura dos lábios; cor dominante dos cabelos…)
- constituição genética dos seres humanos é muito semelhante (99,9% do código genético); 0,1% para diferenças individuais → fica, assim, em causa o conceito de raça;
- apesar das características funcionais do cérebro, o sistema nervoso não é igual em todos os indivíduos;
-hereditariedade individual faz a diferença, juntamente com as interacções que se estabelecem, desde a concepção, entre a carga genética e o meio;
- processo de desenvolvimento assegura as diferenças individuais.
- diversidade cultural
- insuficiência da informação do código genético para sermos o que somos → depende da oportunidade do contexto sociocultural;
- cérebro depende, para o desenvolvimento das suas capacidades, de informação que não está contida em si mesma;
-processo de integração numa sociedade, e numa cultura em particular, faz com que a diversidade cultural dos contextos socioculturais confiram ao ser humano uma grande diversidade n aparência física, nos modos de ser, estar, agir e pensar;
- compreender a diversidade cultural é fundamental para que possamos compreender a realidade sobre o que são os outros e o que somos nós.
- diversidade individual → somos constituídos por um corpo com certas características mas não determinado pela biologia escrita em nós. Agimos sobre o nosso corpo e, com ele, nos diversos contextos; - história pessoal e busca de significado para o que vai sucedendo;
- na busca de significado cada um vai constituindo o seu corpo, o seu cérebro, o seu património cultural e as suas aprendizagens e vivências sociais;
- nesta construção contam os dados biológicos e culturais, mas também escolhas e acções realizadas a cada momento;
- cada eu é uma unidade integrativa, única, estruturada e dinâmica: bio-psico-socio-cultural.

2. – incompletude do ser humano; complexidade;
- capacidade de auto-organização;
- ser de relação;
- negação de qualquer determinismo biológico ou sociocultural.

3. – consciência crescente da necessidade de se reconhecer o valor das diferenças entre as pessoas;
- atenção crescente às diferenças → desafio à igualdade, ao respeito pela diferença;
- respeito por um mundo mais justo, mais digno;
- multiculturalidade → todos diferentes, todos iguais.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Teste Formativo Psico_B 12R


Escola Secundária de Miraflores
Teste Formativo do Tema 1- Psicologia B do 12:ºano – Outubro 2007

Grupo I

1. Os cromossomas são as estruturas mais importantes da célula porque:
a. Asseguram os nutrientes fundamentais para a sua manutenção;
b. São responsáveis pela transmissão da informação hereditária;
c. Estabelecem a comunicação entre o núcleo e os genes;
d. Asseguram a interacção entre a hereditariedade e o meio.

2. A quantidade de material genético em cada espécie mantém-se constante graças ao processo de:
a. Mitose;
b. Hereditariedade;
c. Meiose;
d. Clonagem.

3. Quanto à relação entre os genes recessivos e genes dominantes deve afirmar-se que:
a. Um gene recessivo somente exerce a sua influência se ambos os genes do par forem recessivos;
b. Os genes dominantes suplantam a influência dos genes recessivos;
c. Se um gene do par for dominante e outro recessivo, o gene dominante é que exercerá a sua inflência;
d. Todas as afirmações anteriores são verdadeiras.

4. Analisa as seguintes características e identifica as que correspondem à teoria da epigénese:
1. O desenvolvimento é o resultado de um processo gradual de crescimento, diferenciação e modificação;
2. O desenvolvimento resulta da amplificação das estruturas preexistentes no ovo;
3. A acção do meio permite que no processo de desenvolvimento surjam potencialidades não presentes no ovo;
4. O desenvolvimento e a construção do organismo dependem apenas do património genético.
a. 1 e 3 são falsas; 2 e 4 são verdadeiras.
b. 1 e 2 são verdadeiras; 3 e 4 são falsas.
c. 1 e 3 são verdadeiras; 2 e 4 são falsas.
d. 1 e 4 são verdadeiras; 2 e 3 são falsas.


5. As áreas pré-frontais são responsáveis pelas funções intelectuais superiores. Esta afirmação é:
a. Verdadeira: é nas áreas pré-frontais que se processa a coordenação dos sistemas nervoso e hormonal;
b. Falsa: as funções intelectuais superiores estão localizadas nos lobos parietais;
c. Verdadeira: é nas are-as pré-frontais que se processa a memória, a imaginação, a resolução de problemas;
d. Falsa: nas áreas pré-frontais estão situadas as funções da linguagem falada e escrita.


6. As afirmações que se seguem referem-se a funções de determinadas áreas cerebrais. Analisa-as e identifica a alternativa correcta.
1. Responsável pela linguagem falada e pelo discurso articulado;
2. Responsável pelos movimentos dos músculos;
3. Responsável pela coordenação entre as emoções e a capacidade de decidir;
4. Responsável pela planificação e pela capacidade de decidir.
a. 1. área de Wernicke; 2 lobo temporal; 3 e 4 área pré-frontais;
b. 1. área de Broca; 2 córtex motor; 3 e 4 áreas pré-frontais;
c. 1 e 2 área de Broca; 3 córtex motor; 4 áreas pré-frontais;
d. 1 e 2 áreas pré-fontais; 3 lobo temporal; 4 área de Wernicke.

7. Podemos definir um padrão de cultura como sendo o conjunto:
a. das normas jurídicas e morais expressas nas produções artísticas e tradições de uma determinada população;
b. de valores e conhecimentos que são transmitidos de geração em geração num determinado grupo social;
c. das produções culturais, materiais e simbólicas que marcam a forma de ser característica de uma determinada comunidade;
d. dos monumentos, das formas de vestir e de preparar os alimentos que são característicos de uma determinada população.

8. A socialização é o processo de aquisição e produção de formas partilhadas de estar em sociedade e de viver em conjunto. Esta afirmação é:
a. Falsa: a socialização refere-se ao exercício dos comportamentos sociais que fazem parte do património genético e dos padrões culturais vigentes;
b. Verdadeira: a socialização desenvolve-se durante a infância e orienta os seres humanos na sua forma de se comportar;
c. Falsa: a socialização refere-se ao processo de adaptação e integração social numa comunidade que não é originalmente a sua;
d. Verdadeira: a socialização é o processo de integração das pessoas num determinado grupo social, que passa pela adopção dos padrões culturais vigentes.


9. À realidade construída a partir das compreensões partilhadas entre as pessoas e que emerge quando estas vivem em conjunto e comunicam entre si dá-se o nome de:
a. Realidade física;
b. Mundo social;
c. Cultura dominante;
d. Realidade intersubjectiva.

Grupo II

1. A imaturidade biológica do ser humano abre um número indefinido de possibilidades.
Justifique a afirmação.
2. Quais são as características específicas do cérebro humano?
3. A cultura une e diversifica a humanidade. Esclarece o que se entende por padrão cultural.
4. Cada ser humano é um produto sempre em aberto de uma auto-organização permanente.
Mostre a importância deste processo no sentido que cada um atribui à experiência vivida.

Grupo III

“Se tudo no Homem tem como ponto de partida a biologia, nem tudo no ser humano deriva dela.”

· Comenta o texto, mobilizando os conhecimentos que adquiriste sobre genética, cérebro e cultura.


Bom trabalho!
Professor Roque Antunes

sábado, 13 de outubro de 2007

Prémio Nobel da Medicina 2007


Na imagem acima podemos observar as células-tronco ou células-mãe, neste caso, de um rato. Estas células são igualmente conhecidas por células estaminais. Em especial, são aquelas que estão envolvidas em importantes pesquisas relacionadas com a manipulação genética.
Para mais informação sobre este tipo de células: aceder aqui

Este ano, o Prémio Nobel da Medicina foi atribuído a três cientistas e investigadores que em conjunto fizeram descobertas no desenvolvimento de tecnologia para a manipulação genética em ratos de laboratório. Estas investigações, na área da manipulação genética em mamíferos, têm-se revelado muito importantes para desenvolver pesquisas e terapias nos seres humanos.
Concretamente, estes investigadores foram premiados por terem conseguido modificar o código genético de ratinhos de laboratório, "activando" e "desactivando" genes. Conseguiram fazê-lo utilizando células-tronco embrionárias. Mas também está em causa o trabalho desenvolvido no isolamento de células doentes, por exemplo, cancerígenas, em animais de laboratório.

Para ler mais sobre o tema e a atribuição do Prémio Nobel da Medicina: aceder aqui

Como tem sido estudado por nós, a manipulação genética, no caso de seres humanos, depende do conhecimento do genoma humano. Hoje, ele é conhecido quase na sua totalidade. No entanto, antes de se actuar no ser humano, inúmeras experiências e investigações são realizadas. Para tal, utilizamos em larga escala os ratinhos de laboratório, os quais, sendo mamíferos, nos permitem pesquisar antes de intervir ao nível dos seres humanos. Por outro lado, esta possibilidade de manipulação genética depende, e muito, de tecnologias desenvolvidas para a sua prática. Todos estes aspectos encontram hoje grande interesse para o futuro da humanidade.
Actualmente, já dispomos de tecnologia que permite aos cientistas criar ratinhos de laboratório com mutações em qualquer gene. Assim, é possível manipular diversas sequências do ADN. E é deste modo que o nosso conhecimento sobre doenças genéticas avança...

No entanto, como também já foi assinalado nas nossas aulas, todas estas descobertas e novas possibilidades que nos surgem, modelando uma possível intervenção num futuro próximo, colocam inúmeras questões. Elas são de natureza diversa, mas sobretudo de natureza ética e moral.
Actualmente, a principal razão pela qual consideramos estas investigações de enorme importância é a sua aplicação na área da saúde e da medicina. Por processos como estes, é-nos possível estudar várias doenças e trabalhar para encontrar soluções e cura para as mesmas. Ou para a sua prevenção.
Mas se quisermos problematizar, coloca-se uma imensa questão: como será o ser humano do futuro?

O que deixo para análise, dirigido em especial aos meus alunos, é a leitura da notícia sobre os premiados este ano com o Nobel da Medicina. Gostaria que estivessem a par das investigações que actualmente se desenvolvem nesta área e que reflectissem sobre as suas consequências. Caso queiram, podem comentar este tema aqui (assim como outros temas que entendam assinalar). Podem também, pelo mesmo processo, colocar as vossas dúvidas. Procurarei esclarecê-las.

Seria útil também que exercitassem respostas às seguintes questões:
- Qual a estrutura do ADN?
- Em que consiste o genoma humano?

Bom trabalho!


Olá!

Olá a todos! Este blog, criado em parceria com o meu colega Roque Antunes, pretende criar um novo espaço de informação, de diálogo e, se possível, de debate. Serão tratados temas, questões e conteúdos da Psicologia, no âmbito dos programas desta disciplina leccionada no ensino secundário.
É dirigido a todos os interessados mas, em particular, aos nossos alunos. A nossa expectativa é a de que possa constituir para eles um valioso instrumento de estudo e de trabalho, podendo também contribuir para a sua preparação para os testes que vierem a realizar.
Sejam bem-vindos!

Governo e uma base genética de dados

“A dimensão do ADN é mínima, imperceptível a olho nu. O Governo acaba de aprovar a criação de uma base de dados genética de arguidos, condenados, voluntários, familiares de pessoas desaparecidas e cadáveres. O diploma, aprovado, há dias, na generalidade, pelo Parlamento, prevê a utilização de amostras de ADN para optmizar a investigação criminal e a resolução de crimes, bem como facilitar a identificação de pessoas desaparecidas” in Visão de 11/10/07.

Mas será que esta pretensa eficácia nas investigações criminais não colocará em risco a liberdade e abrir portas ao big brother? Quem controla esse banco de dados? (Na proposta do Governo isso é da responsabilidade do Instituto Nacional de Medicina Legal). Quem pode aceder a este biobanco? (A polícia criminal e os magistrados do Ministério Público sob a autorização do director de INML), mas não deverá ser sob a supervisão de um juiz? E quem fiscaliza? E estes dados, cujas finalidades são a investigação criminal não poderão ser rapidamente alargadas pelo Governo a outros domínios, pondo em causa a privacidade dos cidadãos? E não haverá outro tipo de riscos com estas identidades genéticas, riscos, hoje, não previsíveis e, logo, não controláveis? Devemos ter medo ou não do ADN?