quarta-feira, 9 de março de 2011

PRINCÍPIO DO FASCÍNIO


Este é um dos princípios basilares da pedagogia - a capacidade de despertar a atenção do outro, de o manter interessado na mensagem que vai evoluindo, de o entusiasmar com os conteúdos revelados, de o espantar com os sentidos que surgem de repente de uma frase, de uma história, de um enigma, de uma interrogação, de o convocar com o ritmo e a melodia da voz. E, às vezes, até com o silêncio e a suspensão. Com a comoção e a compaixão.
Nós, professores, bem o sabemos. Quantas vezes a fascinação é a porta de entrada para o trabalho árduo e exigente. Quantas vezes a fascinação é a pedra angular para o sucesso e para as aprendizagens para a vida. E lamentavelmente, quantas vezes somos como o linguista que ensinou o seu cão a falar: ensinamos, ensinamos, ensinamos. O problema é que ele não aprende.
Um dos ingredientes centrais para exercer a fascinação é a narrativização do conhecimento. É o recurso a uma história, a uma parábola, a um conto, a uma metáfora, a uma alegoria. Há toda uma tradição milenar que nos confirma este poder do enredo da palavra.

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