segunda-feira, 9 de março de 2009

GESTÃO DA MOTIVAÇÃO


O que é que nos leva a agir? O estudo da motivação conduz à descoberta de modelos complexos e fascinantes. Todavia, neste domínio, nada é alcançado de modo definitivo, não existindo universalismo de teorias da motivação. O desenvolvimento da motivação não é nunca um processo estabilizado, necessita de um ajustamento e de uma adaptação permanente das práticas e das acções.
Motivar começa, em primeiro lugar, por não desmotivar, uma evidência que os dirigentes das organizações devem sobretudo ter em atenção. A acção sobre as diferentes alavancas da motivação pode gerar um círculo virtuoso que constitui um vector essencial de bom desempenho. A motivação e o bom desempenho reforçam este processo, alimentando-se mutuamente. A ética, a competência e o reconhecimento são os factores-chave deste reforço.
Num contexto de incerteza e de aceleração da mudança, convém colocar permanentemente a motivação no centro das práticas de direcção. Ora, esta dimensão fundamental da gestão dos recursos humanos está ainda insuficientemente desenvolvida no quadro da formação e da prática das equipas dirigentes. A gestão da motivação exige um conhecimento do ser humano para o qual as ciências da gestão não preparam suficientemente.
Motivar é antes de mais saber dar a cada um razões para agir. Elemento determinante do desenvolvimento humano, a motivação reforça a coerência da acção, o nível de desempenho e constitui um valor acrescentado simultaneamente para o indivíduo e para a organização. Não há bom desempenho no seio de uma organização sem uma motivação duradoura dos profissionais que lá trabalham. A gestão da motivação é sem dúvida uma das mais «antigas profissões do mundo», mas é também chamada uma nova função para se desenvolver no futuro.
Rubem Alves

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