quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

EXPECTATIVAS DOS PROFESSORES E EFEITO DE PIGMALIÃO


Efeito Pigmaleão (também efeito Rosenthal), é nome dado em psicologia ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.
O poeta romano Ovídio, que viveu no início da era cristã, escreveu sobre o escultor Pigmaleão, que se apaixonou pela própria estátua e foi premiado pela deusa da beleza Vênus, que deu vida a ela. O sentimento do artista mudou a condição da estátua. A partir desse tema, muitos escreveram, até mesmo o crítico, polemista e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw, autor da peça Pigmaleão, posteriormente adaptada para o musical My Fair Lady, história de uma florista que se transformou em lady porque alguém a viu como tal e assim deu vida à lady que já existia dentro dela. Eis aí de onde veio um termo muito importante para efeito de trabalho e carreira: o Efeito Pigmalião.
Também chamado Efeito Rosenthal, o Efeito Pigmaleão foi assim nomeado por Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, destacados psicólogos americanos, que realizaram um importante estudo sobre como as expectativas dos professores afetam o desempenho dos alunos. É simples: professores que têm uma visão positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom desses e a obter melhores resultados; professores que vêem os alunos com olhos negativos adotam posturas que acabam por comprometer negativamente o desempenho desses. Esse efeito, chamado também de profecia auto-realizável, porque quem faz a profecia é na verdade quem a faz acontecer, afeta as relações em todos os campos da vida, conforme amplamente documentam os estudos posteriores de Rosenthal, um premiado cientista. Na gestão, a profecia auto-realizável foi apresentada em célebre estudo de Douglas McGregor, na década de 1960, que mostrou que a expectativa dos gerentes afeta o desempenho dos empregados - quando o gerente espera coisas positivas deles, essas tendem a vir; quando espera coisas negativas, elas provavelmente serão confirmadas.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

GRAMÁTICA EMOCIONAL


SABER CONJUGAR 4 VERBOS
Na que poderíamos chamar "gramática emocional" existem quatro verbos que levamos muito tempo a aprender: todos eles relacionados com a esfera dos afectos.
Na base de muitas abordagens destrutivas encontram-se ideias irracionais que causam um dano quase irremediável, quando não sujeitas ao rigor da análise.

Dar: há pessoas incapazes de dar. Por pensarem que nada têm de bom para oferecer, por pensarem que poderão ser rejeitadas, por terem passado por más experiências, por pensarem ser perigoso.

Receber: há pessoas que não capazes de receber o afecto dos outros. Por considerarem isso perigoso. Pensam que não merecedoras desse afecto e, por isso, rejeitam-no.

Pedir: há pessoas que não sabem solicitar amor, pedir aquilo de que necessitam afectivamente. Sentem vergonha. Não estão em condições de suportar uma resposta negativa. Confrontando-se com os outros, acham que esses, sim, têm direito de pedir amor, por merecem que tudo lhes seja dado.

Rejeitar: há pessoas incapazes de rejeitar um pedido dos outros. Por terem medo de os magoar, de os defraudar, de perder o seu afecto. Se disserem não, pensam que nunca mais poderão pedir nada a ninguém.

A impossibilidade de dar, receber, pedir e rejeitar afecto coloca-nos à beira da infelicidade. Há que praticar a conjugação destes 4 verbos de forma constante e profunda, a fim de progredirmos no caminho da saúde emocional.


Miguel Santos Guerra, Arqueologia dos Sentimentos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Universalidade e Diversidade das Emoções


“(…)Apesar do escasso conhecimento acumulado sobre os processos e a inteligência emocional em relação às actividades situadas na parte superior do cérebro, seria aberrante considerar que se pode viver à margem das emoções. Todavia, este foi o modelo escolhido pelos humanos desde os começos da história do pensamento, inclusivamente a partir da etapa “civilizada” que nasce nos tempos babilónicos, graças à invenção da escrita. Modelo esse que se prolongou até há menos de uma década. Daí que o século XX nos tenha deixado com a impressão “de uma falta de esplendor” que também está relacionada com o erro de se ter singularizado as emoções como a componente irracional e detestável do ser humano (…).
A sede oficial das emoções está no bairro primitivo do cérebro. Chama-se cérebro reptiliano porque já estava bem configurado nos precursores dos primeiros mamíferos: é um conjunto de estruturas nervosas conhecido como sistema límbico, que inclui o hipocampo, a circunvalação do corpo caloso, o tálamo anterior e uma zona em forma de amêndoa chamada amígdala. Esta é o principal intermediário das emoções. Sempre que uma pessoa reage a uma expressão facial hostil, a amígdala está a activar as primeiras vozes de alarme. Lesionar a amígdala é a forma mais segura de conseguir que uma pessoa fique sem capacidade emocional – é tão mau não saber controlar as próprias emoções como não ter nenhuma. Spock, a personagem extraterrestre de orelhas pontiagudas da série Star Trek, era muito mais inteligente do que os humanos, mas carecia de emoções. Em dado momento do passado, os vulcanianos, a etnia a que Spock pertencia, haviam prescindindo dos vestígios primitivos das suas origens animais e, libertos para sempre das paixões, haviam alcançado um grau muito superior de racionalidade.
(…) A ciência hoje sugere que um organismo inteligente sem emoções estaria, simplesmente, incapacitado de evoluir e não seria mais, mas sim menos inteligente que nós. Se no decurso da evolução, as vantagens de se ter emoções não tivesse superado as desvantagens de não contar com elas, os seres emocionais nunca teriam evoluído. Se hoje continuamos a ter emoções é porque no passado elas devem ter ajudado os nossos antepassados a sobreviver e a perpetuar-se.
(…) Em todos os tempos e lugares, os seres humanos partilharam o mesmo reportório emocional básico. Esta universalidade das emoções básicas supõe um argumento adicional a favor da sua natureza biológica.
(…) Em termos científicos, António Damásio, neurocientista luso-americano, afirma, da sua cátedra de Neurologia da Iowa State University, nos Estados Unidos, que “sem emoção não há projecto que valha”. Tudo começa com uma emoção. Intuíram-no já há meio século alguns homens de acção e a ciência corrobora-o agora. Mas a descoberta mais recente e revolucionária devemo-la a cientistas como Dylan Evans, da Faculdade de Informática de Bristol, ao demonstrar que as decisões - todas as decisões – são emocionais. Qual o desenvolvimento normal de uma decisão? No início há uma emoção. Depois, um processo de cálculo é levado a cabo no qual se vai ponderando toda a informação disponível. Há uma proliferação de argumentos a favor e contra, a lógica da razão não pára de impor-se. Felizmente, no final reaparecem, como uma tábua de salvação, as emoções. Se dantes não sabíamos para que servem as emoções, agora verificamos que sem elas nunca tomaríamos decisões”.
Eduardo PUNSET (2008). Viagem à Felicidade, as novas chaves científicas, Lisboa: D. Quixote.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

HARMONIA E SAÚDE - Meditação Transcendental


Eficiência Única da Meditação Transcendental Verificada através de
Meta-Análise que Combina Muitos Resultados de Investigação num só Estudo

O método mais poderoso e rigoroso para deduzir as conclusões de um vasto corpo de investigação científica é o procedimento estatístico de meta-análise. Publicaram-se quatro meta-análises sobre os efeitos do Programa de Meditação Transcendental comparado com outras técnicas:
(1) Descanso fisiológico. Um estudo meta-análise publicado no American Psychologist reviu os resultados de 31 estudos e, descobriu que a Meditação Transcendental produz mais de duas vezes o nível de descanso fisiológico que se produz simplesmente sentando-se com os olhos fechados.
(2) Menor Ansiedade Característica. Um estudo meta-análise publicado no Journal of Clinical Psychology reviu 146 resultados de investigação e, descobriu que a Meditação Transcendental produz mais de duas vezes a redução na ansiedade característica (ou seja, stress crónico) do que o produzido por outras técnicas.
(3) Maior Auto actualização. Um estudo meta-análise publicado no Journal of Social Behavior and Personality demonstrou que a Meditação Transcendental aumenta a auto actualização em até três vezes o efeito de outras técnicas.
(4) Menor Abuso de Substâncias químicas. Outro estudo meta-análise publicado no Alcoholism Treatment Quarterly, revelou que a prática da Meditação Transcendental produz uma redução maior e mais duradoura no consumo de álcool, drogas e cigarros do que outras técnicas ou programas de educação preventiva.
Estes estudos de meta-análise verificam que o Programa de Meditação Transcendental é único nos seus benefícios holísticos. É único porque o programa desenvolve todos os níveis da vida individual: corpo, mente, sentidos, intelecto, ego; ao avivar a sua base comum, a Consciência Transcendental.
CONCLUSÃO:
Convite para Implementar a Educação Baseada na Consciência
Os resultados de centenas de trabalhos de investigação científica sobre o Programa de Meditação Transcendental, junto com as cinco décadas de experiência educativa mundial, indicam que as universidades e escolas de qualquer nação que apliquem esta abordagem para a educação desfrutarão do florescimento de todos os aspectos da vida de estudantes e professores, num ambiente de aprendizagem mais harmonioso e vital.

Trabalhos científicos foram publicados nas maiores revistas científcas, incluindo: Science, The Lancet, Scientific American, American Journal of Physiology, International Journal of Neuroscience, Experimental Neurology, Electroencephalography and Clinical Neurophysiology, Psychophysiology, Physiology and Behavior, International Journal of Neuroscience, Biological Psychology, Psychosomatic Medicine, Canadian Medical Association Journal, Hypertension, Stroke, American Journal of Cardiology, American Journal of Health Promotion, American Psychologist, British Journal of Education Psychology, Intelligence, Journal of Personality and Social Psychology, Journal of Counseling Psychology, The Journal of Mind and Behavior, Academy of Management Journal, Criminal Justice and Behavior, Journal of Offender Rehabilitation, Journal of Clinical Psychiatry, Journal of Conflict Resolution, and Social Indicators Research.

Seis volumes de estudos de investigação científica indicam a exequibilidade dos nossos programas em criar invencibilidade na consciência nacional.